Quantos foram e de onde vieram os jogadores estrangeiros que defenderam o Fluminense nos seus 115 anos de história? Para responder essas perguntas eu recorri ao meu velho e bom banco de dados que eu comecei a montar há mais de 20 anos e que contém, entre outros, fichas individuais dos mais de 1600 jogadores que defenderam a equipe principal do clube em ao menos uma partida ao longo de sua existência (fig. 1).
fig. 1 – Ficha do jogador equatoriano Sornoza do meu banco de dados do Fluminense.
Para ser diferente (existem várias listas sobre esse assunto espalhadas pela web), eu optei por criar um infográfico sobre o tema e incluí nele um mapa mundi apontando o país de origem de cada atleta e um gráfico mostrando a variação na utilização de jogadores estrangeiros ao longo dos anos. Antes porém, eu gostaria de falar de algumas premissas que eu adotei na elaboração desse meu gráfico.
Primeiramente vale ressaltar que ele inclui apenas os jogadores que povoam o meu banco de dados e que são automaticamente gerados pelas escalações dos jogos que eu incluo nele e que, por sua parte, podem diferir dos jogos que outras pessoas consideram como sendo oficiais do clube.
Outro ponto importante é que essa minha relação de estrangeiros pode estar ou não incompleta, pois embora eu tenha hoje 90% das datas/locais de nascimento dos jogadores que defenderam o Fluminense, um número bastante considerável, é fato que não tenho informação de todos, e embora não acredite (nesses 10% que faltam, além dos “indefinidos” que eu menciono abaixo, não há nenhum outro com “nome estrangeiro”), sempre pode surgir, conforme minha pesquisa avança, um jogador do começo do século XX com “nome brasileiro” que tenha na verdade nascido em Portugal.
Por “estrangeiro” fica entendido como todo aquele que nasceu fora do Brasil, e seu local de origem, conforme apontado no mapa, é o país onde nasceu, e não necessariamente seu país de adoção, razão pela qual jogadores como Deco (brasileiro naturalizado português) não fazem parte da minha lista e outros como o venezuelano Maldonado, aparecem indexados pelo seu país natal (no caso específico deste, o Uruguai).
Jogadores como o português Paulo Madeira (2003) e o paraguaio Alexis Rojas (2016), por exemplo, que atuaram apenas em treinamentos ou em partidas que eu considero como jogos-treino também não são mencionados.
O centroavante Adolpho Milman, popularmente conhecido como Russo, ídolo tricolor nas décadas de 1930 e 1940 e para muitos natural do atual Afeganistão, também não foi incluído, por motivos que explicarei num futuro post.
Por fim, sem querer parecer arrogante, gostaria de dizer que não há lugar para “achismos” na minha lista, todo jogador nela mencionado, salvo algum erro da fonte onde foi conseguida a informação (registros de nascimento, passaportes, cadastros no clube, informações passadas por parentes, etc…), nasceu onde está apontado que nasceu. Existem exceções, entretanto, são os jogadores possivelmente estrangeiros mas que até o momento eu não consegui descobrir suas origens (são apenas três no total) e que por enquanto estão classificados como de origem indefinida.
Mas sem mais delongas, vamos ao infográfico:
Não consegue ler? Melhor consultar o seu oculista. Enquanto isso não acontece você pode baixar o infográfico original em formato pdf aqui.
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